Entre Anjos e Demônios
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Entre Anjos e Demônios

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 A Origem (Metafísica do Classico Mundo das Trevas)

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MensagemAssunto: A Origem (Metafísica do Classico Mundo das Trevas)   A Origem (Metafísica do Classico Mundo das Trevas) EmptySáb Abr 01, 2017 1:42 pm

Pessoal, sei que este fórum é sobre Demônio: A Queda, mas ele também faz parte do universo do Classic WOD, então creio que o assunto seja pertinente. Sempre tive interesse em jogar ou narrar um mega-crossover com todos os cenários principais do sistema, mas ao ler outros sistemas, você acaba se deparando com dúvidas e incoerências. Por exemplo, em Vampiro entendemos que as religiões Abraâmicas estavam certas e o Deus Judaico-cristão é existe, já em lobisomem existe uma teoria "Gaiacentrica" onde a mãe terra deu origem aos metamorfos (mas pera aí, em Vampiro eu li que Lilith deu origem aos metamorfos...) e tudo gira em torno da tríade. Em Mago então a coisa se complica ainda mais, pois a realidade é mutável e existem diversas interpretações diferentes. Em Membros do Oriente descobrimos que as divindades da ásia na verdade são as mesmas cultuadas pelas civilizações ocidentais, porém com outros nomes, e em Demônio voltamos ao ponto onde o Deus judaico-cristão é o início.
        Esses são apenas alguns exemplo, e em algumas discussões sobre Crossovers, algumas divergências e brigas, muitos disseram que os sistemas são incompatíveis e que se você deseja narrar um crossover, precisa tornar a cosmologia de um dos sistemas como verdadeira e as outras como falsas. Eu não me conformei com esta teoria e acreditava que no fundo, deveria sim haver uma forma de interligar todas as mitologias, então decidi criar uma mitologia própria, que englobasse todos os cenários. Não se assustem se houverem divergências com o material oficial, eu também busquei de outras fontes, incluindo a Bíblia, exoterismo e alguns apócrifos para ocupar alguns espaços soltos.




PARTE 1: GÊNESIS



        No início havia apenas o Uno, e á sua volta um vazio imensurável composto de trevas sem fim. O Uno viajou por toda a imensidão do vazio, sem encontrar absolutamente nada além de escuridão e da ausência de existência, a não ser a dele próprio, e viu que isto era mau. Para contrapor as trevas e a ausência de tudo, ele criou a luz, e para limitar o poder das trevas,
ele deu origem aos conceitos de espaço, forma, tempo, e as leis da física, e viu que isso era bom. Não se sabe quanto tempo se passou, ou o que o criador fez durante este tempo (pois afinal, como criador do conceito de tempo, ele era atemporal, logo, o tempo não tinha efeito sobre ele), mas em sua solidão ele decidiu dar origem a outros seres celestiais, hoje conhecidos como Elohins, anjos, "Os Puros", entre outros nomes. O primeiro deles era alguém muito especial, aquele a quem O Uno deu a importante tarefa de "portador da luz", tido como o mais belo, poderoso e inteligente de sua casta. As nomenclaturas dos seres celestiais seriam impronunciáveis para humanos, pois eram mais do que apenas nomes e sim conceitos que representavam tudo o que eles eram, eles seriam como vibrações que soavam na mesma ressonância que os Elohim, mas o mais próximo que um nome vindo de línguas humanas poderia chegar do verdadeiro nome do primeiro anjo seria "Lúcifer".
        Aos Elohim, O Uno deu a importante tarefa de moldar o cosmos, e eles assim o fizeram alegremente. O Uno havia criado múltiplas dimensões, e seus anjos podiam viajar por todas elas, mas havia um lugar onde Ele os disse para não visitarem, um imenso espaço vazio fora dos limites da criação. A maioria dos Puros aceitou de bom grado esta limitação, mas o primeiro anjo declinou:

- Por que não podemos visitar aquele local? O que existe lá?

        Mas o Uno apenas lhe advertiu que era um lugar perigoso até mesmo para seus Elohim. Mas isso não foi suficiente para o mais sábio dos anjos e ele decidiu averiguar por si mesmo. Quando ele estava para partir, o Senhor o advertiu novamente, seu anjo era o portador da luz, portanto seu lugar era ao lado do Uno e não nas trevas, mas a curiosidade e ego do mais poderoso Elohim falaram mais alto.
        Ele viajou pelo espaço ausente de matéria, forma, vida, gravidade e luz, sem encontrar nada. Com o tempo, sentimentos começavam a tomar-lhe conta, a frustração por seu fracasso, a tristeza, a solidão e mesmo o ódio. Com o tempo, o anjo começa a encontrar significados na escuridão, e estes superavam suas expectativas. Ele se torna uno com ela, mas afinal ele era o portador da luz, como poderia ser uno com as trevas?
        Quando o Elohim finalmente volta, seus irmãos se mostram muito felizes, e ele também, mas quando lhe perguntam o que ele havia descoberto, ele lhes traz a ciência do bem e do mal. Apesar de seus protestos, o Uno não aprovava isso. Com o tempo, o portador da luz foi ficando cada vez mais distante, e trazendo mais anjos para seu caminho, e o coração Do Senhor ficava cada vez mais pesado, pois sabia o que se seguiria no futuro.




Última edição por Zeta em Qua Abr 05, 2017 3:11 pm, editado 3 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: A Origem (Metafísica do Classico Mundo das Trevas)   A Origem (Metafísica do Classico Mundo das Trevas) EmptySáb Abr 01, 2017 2:38 pm

PARTE 2: REBELDIA NOS CÉUS



         Apesar da semente da discórdia já ter sido plantada em meio aos Puros, seu trabalho continuava, e o próximo trabalho que O Uno tinha para eles seria sua obra prima, a formação do planeta que hoje conhecemos como Terra. Os Puros eram seres capazes de coexistir em diversas dimensões ao mesmo tempo, e assim também era a terra. Na dimensão que os seres humanos costumam viver (o mundo material), a criação pode ter levado milhões de anos, mas na dimensão celestial, este processo levou cerca de seis dias.
         Os Elohim estavam dispostos a fazerem da terra a joia mais preciosa do universo e deram seu melhor em sua criação. Este planeta orbitaria a uma distância extremamente precisa em relação ao sol para que a vida pudesse existir. Primeiro eles moldaram a crosta do planeta, depois os oceanos e mares, onde a vida se iniciaria. Com o tempo, vida abundante cobria o globo, desde vida vegetal, monstros marinhos, animais terrestres e aves.
         Os anjos se fascinaram com a beleza verdejante deste planeta e suas formas de vida, desde as criaturas microscópicas lutando para sobreviverem, até os mais evoluídos primatas, mas o obra prima da criação ainda estava por vir, o ser humano. A princípio, criados do barro, o primeiro casal  demonstrava ser diferente de todas as outras criaturas, dotadas de inteligencia, mas algo ainda mais importante, que não havia sido dado a mais ninguém, a essência divina, o que os tornava semelhante ao altíssimo. Os anjos se perguntavam a razão do Uno ter lhes presenteado o sopro divino, e estranhas teorias começavam a tomar forma.
         Muitos celestiais passavam boa parte de seu tempo admirando a criação, e principalmente o casal, que O Uno aparentemente havia coroado como os senhores da terra. Por qual razão Ele teria feito isso? o que eles tinham de tão especiais? Por que os próprios anjos não deveriam serem os senhores desta terra? As dúvidas continuavam e embora a maioria dos anjos confiassem plenamente No Uno, um sentimento de rebeldia começava a surgir a partir do primeiro anjo e de seus apoiadores. A Estrela da Manhã instiga alguns de seus pares a interrogar O Criador Supremo sobre suas decisões. Estes nunca mais foram vistos. Na verdade, em sua infinita sabedoria, O Uno não os obliterou, pois ele tinha uma forma muito melhor de lhes mostrar a razão de suas atitudes. A essência dos Puros seria fundida á partícula divina que ardia no interior dos humanos. O trabalho deles a partir dali, seria ajuda-los a ascender esta chama, guiando os humanos para sua ascensão, onde se tornariam semelhantes aos próprios Elohim, capazes de moldar a realidade. Esta seria uma tarefa árdua, e cada vez que falhassem, o avatar dos Puros seria partido, fundindo-se então á essência de novos humanos. O portador da luz e seus aliados no entanto, não ficaram nada satisfeitos com o súbito desaparecimento de seus pares.
         Voltando á criação, a rebeldia latente dos anjos também se refletia na humanidade, uma vez que a primeira mulher não queria se sujeitar a seu parceiro. O portador da luz vendo o fogo da rebeldia na primeira mulher utiliza de artes desconhecidas pelos anjos (artes estas descobertas por ele em sua viagem nas trevas) e a esconde de seu amante e das hostes celestiais. Como criaturas da luz, os anjos tinham dificuldades em ver através das sombras criadas pelo anjo rebelde. Não está claro se estas trevas também obscureciam a visão Do Senhor ou se no fundo ele sabia de tudo o que estava se passando, mas permitiu que isso ocorresse pois estava dentro de seus planos, mas o fato é que o portador da luz se revelou para a primeira mulher (batizada como Lilith) e criou um reino de trevas para protege-la nas profundezas de NOD.
         A beleza, perfeição e a rebeldia de Lilith despertaram sentimentos obscuros no coração do primeiro anjo, que a auxilia a despertar sua fagulha divina e lhe ensina artes negras descobertas muito além da criação. Ambos se tornam amantes, a mais clara prova de rebeldia contra O Senhor.
         Longe de NOD, o primeiro homem (Adão) se sentia sozinho, e O Uno lhe fornece uma segunda parceira, feita de seus próprios ossos, para que ambos possam viver felizes no Jardim do Éden. Apesar de sua traição, Lúcifer ainda tinha contato com O Uno e com a ordem celestial, e a cada dia acusava e desafiava mais O Criador. Lúcifer o desafiou a provar que os humanos eram tão puros quanto o Uno dizia. No jardim, O Senhor plantou uma árvore cujos frutos tornavam Adão e Eva imortais, mas uma árvore cujos frutos ofereciam o conhecimento do bem e do mal que Lúcifer havia descoberto também havia sido plantada no jardim. O Uno lhe diz que eles eram fieis e não comeriam da árvore, Lúcifer apostou que ele estava enganado. Segundo as regras, nem Lúcifer e nem os anjos poderiam interagir diretamente com os humanos para não os coagirem a comer ou não das frutas (Lúcifer havia ensinado sobre a ciência do bem e do mal a vários anjos e muitos deles também se perguntavam por qual razão O Uno não permitia que os homens tivessem um conhecimento mais abrangente da realidade ao invés de apenas a mera "inocência" da luz).
         O casal se mostrou mais fiel do que aparentava, mas Lúcifer não estava disposto a ser derrotado. Lilith estava disposta a se vingar de seu antigo amante e sua nova esposa, e Lúcifer viu nela uma forma de influenciar a ambos sem precisar agir diretamente. Através das artes negras, Lilith se disfarçou e conseguiu fazer com que o casal comesse a fruta proibida.
         Este foi um momento difícil, o casal precisou abandonar a dimensão do paraíso e agora viveriam apenas na dimensão do material, onde haviam doenças, pragas, envelhecimento e morte. Após "vencer" a aposta, Lúcifer conseguiu seduzir um terço dos anjos, que acreditavam que ele eram mais sábio e poderoso que O Próprio Criador e apenas queria o bem para a humanidade. E assim estavam plantadas as sementes para o conflito celestial.


Última edição por Zeta em Dom Abr 02, 2017 5:36 pm, editado 2 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: A Origem (Metafísica do Classico Mundo das Trevas)   A Origem (Metafísica do Classico Mundo das Trevas) EmptySáb Abr 01, 2017 3:20 pm

PARTE 3: O CONFLITO DAS ERAS



        Enquanto Adão e Eva foram expulsos do paraíso, Lilith dava a luz aos seus primeiros filhos. Adão precisava trabalhar arduamente para dar de comer á sua família, enquanto Eva sentia horríveis dores em seu parto. Seus primeiros filhos, como está descrito nas religiões Abraâmicas, foram Caim e Abel. O primeiro um agricultor, o segundo um pastor de ovelhas, Mas eles não eram os únicos seres sencientes a habitarem a terra, pois os anjos rebeldes começavam a formar suas bases para um futuro conflito que previam. Um grupo de anjos decidia inclusive criar um novo paraíso, uma ideia que falhou múltiplas vezes, dando origem ao atual submundo, dentro da baixa umbra, próximo das trevas ás quais Lúcifer havia visitado anteriormente.
        Apesar de expulsos do paraíso, os primeiros humanos ainda mantinham sua fé na salvação, mas Caim se ressentia por ter de pagar por um pecado ao qual não havia cometido, ao passo que seu irmão mais novo acreditava que este era o fardo que todos eles deveriam carregar, o que fez com que Caim começasse a nutrir um profundo ódio da passividade e fé de Abel. Tudo isso acabaria culminando no primeiro assassinato ocorrido na história.
        Caim foi julgado pelos anjos mais poderosos e confiáveis Do Uno (dos quais agora Lúcifer não estava incluído). Eles lhe ofereceram a possibilidade de redenção caso ele se desculpasse, mas este se negou, sendo amaldiçoado a ser uma alma imortal, torturada, incapaz de andar na luz novamente, precisando sobreviver de sangue para se lembrar de seu pecado até o último de seus dias. Um dos anjos porém lhe falou sobre uma possibilidade de redenção (o mito ao qual os cainitas modernos se referem como a Golconda). Caim vagou para longe das terras de seus pais até próximo das terras de NOD onde entraria em torpor por muito tempo.
        Apesar dos acontecidos, a humanidade continuou a crescer e se multiplicar, e os anjos rebeldes de Lúcifer seguiram seus passos andando ocultos em meio aos mortais, plantando suas sementes do conhecimento do bem e do mal, e até mesmo procriando com fêmeas, dando origem aos Nefilins. Esta foi a gota d'água para O Criador que mandou o Arcanjo Miguel dar um ultimato aos anjos rebeldes. Lúcifer desafia aquele que ocupava seu antigo lugar e o vence, fazendo com que seus anjos rebeldes tenham ainda mais certeza da superioridade do antigo portador da luz.









        A guerra celestial tem início e duraria muito tempo, mas no final, os anjos rebeldes são finalmente derrotados e mandados para o Abismo (uma dimensão de sofrimento na umbra baixa, onde pagariam por seus pecados até o fim dos dias. O local fora escolhido pois como eles escolheram as trevas, então ás trevas eles deveriam pertencer). Lúcifer porém, apesar de derrotado não permaneceu por muito tempo no abismo (ou nem mesmo foi condenado a ele dizem alguns). As hipóteses são muitas, alguns dizem que ele vendeu seus subordinados em troca da liberdade, outros que sempre foi um soldado leal Ao Uno, com a única finalidade de testar a lealdade dos anjos, alguns acreditam que O Criador lhe deu um castigo diferente, tendo de viver na terra longe de seus leais soldados, ou mesmo que através de seus planos, ele próprio conseguiu escapar, ou que tenha utilizado terceiros (talvez Lilith tenha utilizado a magia ensinada por ele para invoca-lo e utilizar como receptáculo um de seus filhos com Lúcifer).
        O Submundo passou a ser utilizado para conter as almas dos mortais que ainda não estavam preparados para seguir adiante (dizem que o primeiro deles foi o próprio Abel devido á natureza brutal de sua morte). Quanto aos primeiros mortais, pouco se sabe sobre eles, mas algumas suposições de que talvez aqueles que optaram por ficar do lado Do Criador tenham tornando-se os Malhim após a morte.




Última edição por Zeta em Sáb Abr 01, 2017 8:59 pm, editado 3 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: A Origem (Metafísica do Classico Mundo das Trevas)   A Origem (Metafísica do Classico Mundo das Trevas) EmptySáb Abr 01, 2017 3:41 pm

PARTE 4: O PRIMEIRO VAMPIRO E OUTRAS CRIATURAS SOBRENATURAIS


         Os anjos restante se juntam novamente Ao Uno para a dimensão celestial, exceto dois que permaneceram na terra para vigia-la e protege-la. Um destes seres celestiais era um dos mais poderosos Ellohim, tendo se apaixonado perdidamente pelo planeta e sua vida, a entidade conhecida como Gaia, a mãe terra. Além destes dois, Lúcifer também vagava pela terra, possivelmente se infiltrando na sociedade e ensinando suas artes aos despertos que conseguia encontrar, na esperança de futuramente libertar seus generais, assim como havia sido libertado.
         Ignorante da guerra que se seguia, Caim permaneceu adormecido até ser acordado por Lilith através de seu sangue. Ela lhe ofereceu refúgio, proteção e até mesmo amor, mas a primeira mulher havia sido amaldiçoada pelo Criador a nunca mais poder conviver por muito tempo com alguém.
         Em sua estadia, Caim descobre que o sangue de Lilith possuía peculiaridades (muito provavelmente fruto dos poderes negros que Lúcifer havia lhe proporcionado) e ela o ensina a usar estes poderes. Com o tempo, Caim percebe que não era um hóspede e sim um escravo e utiliza estes poderes para fugir das garras da dama da noite, que lhe jurou vingança.
         Caim perambula pela face da terra e se encontra com criaturas até então desconhecidas por ele:

        * O Povo da Lua: metamorfos que cultuam gaia, sendo criaturas de carne mas também de espirito. Uma das possibilidades é que Gaia os tenha criado para proteger a natureza, outra é que eles sejam descendentes dos Nephillin gerados por Lilith, que foram acolhidos pelas criaturas de Gaia.
        * Os Selvagens: Seres feericos. Alguns acreditam que eles tenham nascido dos sonhos dos homens, outros que eles sejam ainda mais antigos que a humanidade.
        * Os mortos sem descanso: Fantasmas que conseguiam atravessar a película, consideravelmente mais frágil naquela época.

         Mas aquela que ele teve o maior desprazer em conhecer foi uma feiticeira que o enganou, fazendo-o a transformar em outra sugadora de sangue, utilizando em seguida seu próprio sangue para escraviza-lo. É desconhecido como ela poderia saber tanto sobre as habilidades do sangue, ou mesmo sua identidade. Alguns teorizam que ela seja a verdadeira segunda mulher, tendo sido rejeitada por Adão ao ver sua criação desde o princípio, fazendo com que a terceira mulher fosse criada quando ele dormia. Um dia, Caim consegue livrar-se de seu laço e a deixa empalada para ser destruída pelos raios de sol.



Última edição por Zeta em Sáb Abr 01, 2017 5:01 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: A Origem (Metafísica do Classico Mundo das Trevas)   A Origem (Metafísica do Classico Mundo das Trevas) EmptySáb Abr 01, 2017 5:01 pm

PARTE 5: A TRÍADE



         Enquanto a humanidade continuava se expandindo, das florestas escuras observavam as bestas da lua. Naquela época haviam muitas variações destas criaturas, sendo que poucas delas sobreviveram até os dias de hoje.
         Estas criaturas serviam a Gaia em diferentes áreas (homens lagartos, tido como os mais antigos, eram a memória de Gaia e podiam acessar até mesmo a memória de terríveis bestas que existiram muito antes dos humanos. Homens rato tinham a função de controlar o crescimento dos humanos através de doenças e pragas, homens lobos sendo os principais guerreiros de Gaia, entre muitos outros...).
         Eles viam os humanos como seres do padrão, destruindo florestas e utilizando os bens naturais da mãe terra para seus próprios fins. Toda sua filosofia era baseada em três entidades, a Wyld (quem dava a vida e representava o caos primordial), a Weaver (a aranha tecedora, que trazia ordem para a criação) e a Wyrm (que trazia a morte da criação, para que o ciclo continuasse). Segundo eles, em algum momento este equilíbrio acabou.
         Por eras, as feras instilavam medo nos corações dos homens, fazendo-os desenvolver um medo do escuro, do desconhecido, da selva e de feras, que seria passado á suas gerações seguintes até os dias de hoje. Foi a era de ouro dos metamorfos, até o início da Guerra da Ira, onde raças inteiras de bestas da lua foram exterminadas por seus irmãos, outras tiveram de se refugiarem em terras distantes e na umbra, e os homens lobo, tendo sido os "vitoriosos" permaneceram exercendo seu papel de limitar o numero de humanos e proteger a natureza.
         Este ciclo foi quebrado com a chegada do primeiro vampiro. Caim domina os homens através das habilidades de seu sangue e gera crias, que por sua vez geram mais crias, povoando a primeira cidade, criada por eles, com abominações. Os Garou (homens lobo) podiam sentir a influência da entropia (ou da Wyrm) nestas criaturas.
         E assim, a primeira cidade prospera nas mãos de predadores noturnos e seus pobres cordeiros, até que intrigas ocorram entre as crias de Caim, levando a uma guerra que terminou com os três vampiros gerados diretamente por Caim, mortos, e os restantes amaldiçoados pelo próprio. Neste ponto, Caim os abandona aos seus próprios conflitos e o sonho da primeira cidade é desfeito.
         Os vampiros da maldita cidade continuam se multiplicando até que uma estrondosa catástrofe natural (ou seria uma punição Divina?) varre de vez tal antro de maldade. Poucos humanos sobreviveram, e os poderosos vampiros precisaram entrar em torpor devido a falta de presas. Os metamorfos possivelmente tenham sobrevivido se refugiando na umbra durante este período. Tudo indicava que os poucos humanos que haviam escapado encontrariam a paz, mas eles estavam totalmente equivocados.



Última edição por Zeta em Dom Abr 02, 2017 6:26 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: A Origem (Metafísica do Classico Mundo das Trevas)   A Origem (Metafísica do Classico Mundo das Trevas) EmptyDom Abr 02, 2017 6:22 pm

Valeu Beau, pode sim!




PARTE 6: DEUSES ENTRE HOMENS









         Assim que a catástrofe do dilúvio havia se passado, a humanidade lentamente voltava a prosperar, sobrepujando dificuldades como a escassez de alimento, entre outras. Após muitas gerações, o homem novamente dominava a terra, ou assim se pensava...
         Os antigos sugadores de sangue (que passariam a ser conhecidos como os Antediluvianos após a catástrofe) decidiam que era a hora de voltar á ativa, e tomando as rédeas do gado mortal, criam uma segunda cidade, tentando trazer novamente á tona os sonhos que foram afogados em Enoch. Mas além dos sonhos, os antigos vícios e intrigas também foram trazidos para a segunda cidade, e após muitos conflitos, os Antediluvianos se dividem, rumando para diferentes partes do mundo, levando consigo suas crias e parte da população mortal, dando origem aos 13 clãs e diversas sociedades.
         Entre os Antediluvianos porém, caminhava disfarçado um ser ainda mais antigo e poderoso que qualquer outra criatura na terra, aquele que anteriormente havia sido considerado o braço direito Do Criador e mais tarde o havia desafiado, Lúcifer arrebanhava mortais capazes de utilizar a partícula divina dentro de si, para utilizar tais habilidades a seu favor. Seu objetivo era trazer de volta á terra seus antigos generais, e a longo prazo, todos os anjos rebeldes para poderem finalmente usufruir daquilo que deveria pertencer a eles, a terra que eles haviam ajudado a moldar.
         Após muito esforço ele consegue trazer seus cinco Arquiduques de volta do abismo, mas estes não eram mais os Elohim que ele havia conhecido e sim abominações insanas que tiveram a mente totalmente destruída. Estes "príncipes do terror" tinham como único objetivo saciar suas próprias necessidades não importa o quão imorais, asquerosas e brutais elas fossem, e geralmente dominação mundial, massacres sem sentido e toda sorte de atrocidades que a mente humana mal pode sequer imaginar, estavam sempre entre elas. Com o tempo, o ódio, ressentimento e desejo de vingança destes seres também se voltaria contra Lúcifer... e contra eles próprios.
No Submundo (agora destinado ás almas dos mortos inquietos, tornando-se cada vez mais populosos devido aos excessos cometidos na terra) um fantasma seria batizado como Charon (em homenagem ao Elohim que criou o reino) e contruiria a cidade de Stygia na Ilha das Dores, bem como a hierarquia dos espíritos inquietos e diversas organizações do submundo, se tornando um dos principais líderes entre os habitantes do reino. Segundo reza a lenda, ele era guiado por uma entidade conhecida apenas como "A Dama do Destino" que muitos acreditam ser Eva em pessoa.
         A terra havia se transformado em um campo de batalha (ou um mero tabuleiro de xadrez) onde falsos deuses (Terrestres, Vampiros antigos, e até mesmo alguns espíritos e seres feéricos) comandavam seus respectivos impérios, se envolviam em intrigas e banhos de sangue de proporções epidêmicas, na esperança de prevalecer sobre seus rivais. Aquele que vencesse herdaria o que sobrasse da terra. É possível que nesta época, o próprio Lúcifer tenha percebido que no fim das contas, ele estava errado o tempo todo...


Última edição por Zeta em Dom Abr 02, 2017 10:47 pm, editado 2 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: A Origem (Metafísica do Classico Mundo das Trevas)   A Origem (Metafísica do Classico Mundo das Trevas) EmptyDom Abr 02, 2017 7:34 pm

PARTE 7: O DEUS DE ABRAÃO









        Novas religiões surgiam, fruto dos novos deuses em busca do controle total da humanidade, impérios colidiam, vidas eram ceifadas a números nunca vistos antes, e os senhores do pavor deleitavam-se na carnificina. Enquanto isso, um grupo isolado voltava a glorificar O Uno (ou talvez sempre o tenha feito, escondido da vigilância dos novos deuses). Muitos acreditam que o próprio Lúcifer (por mais contraditório que possa parecer) tenha auxiliado esta religião a prosperar em meio aos novos deuses pagãos. Este povo ao longo das eras passaria por inúmeras provações, sendo perseguidos, escravizados, chacinados, mas milagrosamente, nunca foram totalmente exterminados, e segundo dizem, haviam entre eles profetas e milagreiros.
         Para além deste povo, surgiam as civilizações mais avançadas do mundo antigo, como Grécia e Roma (ambas dominadas por Terrestres e Matusaléns que guerreavam entre si, e ocasionalmente nutriam alianças políticas) e mais tarde, Cartago (onde um sonho de convivência entre cainitas e mortais foi minado por obras de infernalismo e finalmente destruído por Roma durante as Guerras Púnicas) É bem possível que a misteriosa seita vampírica do Inconnu tenha sido formada nesta época. Este foi o berço da Civilização Ocidental, onde surgiriam o direito, a filosofia, entre outras grandes contribuições.
         O imperialismo Romano absorvia diferentes povos e os introduzia sua cultura, um plano de dominação mundial dos Terrestres que talvez tivesse dado certe se não fosse o surgimento de um novo culto. Um homem (talvez um desperto? Uma pessoa com altíssimos níveis de fé verdadeira? Ou talvez algo mais?) foi crucificado e se tornou um mártir. A fé de seus cultistas era algo impressionante, e seus seguidores se multiplicavam rapidamente. Os Terrestres tentaram de todas as formas acabar com eles, caçando-os, atirando-os aos leões, tripudiando de sua fé. Para piorar a situação dos príncipes do Terror, eles começaram a perder cultistas, e com eles seu poder. A religião outrora marginalizada começava a tomar conta de Roma, e os planos dos Terrestres vão por água abaixo quando o Imperador Constantino se converte e decide tornar esta a religião oficial do império. Sem saída, os Terrestres precisaram refugiarem-se, permanecendo na defensiva pelos próximos séculos.
         Os Romanos haviam crucificado Cristo, mas ao final de tudo, o Cristianismo acabou vencendo Roma.


Última edição por Zeta em Dom Abr 02, 2017 11:43 pm, editado 2 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: A Origem (Metafísica do Classico Mundo das Trevas)   A Origem (Metafísica do Classico Mundo das Trevas) EmptyDom Abr 02, 2017 9:58 pm

PARTE 8: IDADE MÉDIA








       Com a conversão de Roma ao Cristianismo e o enfraquecimento da maioria dos deuses pagãos, outras criaturas sobrenaturais tem seu caminho aberto para prosperarem. O aumento populacional provém mais alimento aos seres sobrenaturais, e junto com a população, despertos também passam a se tornarem mais numerosos, reunindo-se em ordens de magos com visões divergentes entre si. Nas florestas, lobisomens prevaleciam sobre todas as criaturas, mas nas cidades os vampiros eram os reis.
        Roma é atacada por hordas de bárbaros (em grande parte lideradas por cainitas selvagens, lobisomens e feiticeiros) mas mesmo com a queda do Império, a igreja sobrevive ao ataque dos seres das trevas. Surgia então o feudalismo. É importante ressaltar que até esta época, a realidade material e o mundo sobrenatural eram praticamente interligados, fazendo com que fadas, monstros quiméricos e mesmo dragões realmente pudessem coexistir na mesma realidade que o ser humano. Aproximadamente nesta época, uma importante tribo dos lobisomens se corrompe, tornando-se os infames Dançarinos da Espiral Negra.
        A Igreja Apostólica Romana era o maior poder da época e muitos seres sobrenaturais procuraram infiltrar-se nela para utiliza-la em seus próprios fins. Guerras foram travadas e muito do significado original da religião se perdeu ou fora corrompido. Obviamente a igreja demonstra reação e inicia caçadas a seres sobrenaturais através da inquisição (que também seria manipulada por uma coalizão de magos conhecida como a Ordem da Razão). A ordem não via a si mesmos como magos tradicionais e sim como cientistas, alquimistas e mesmo homens santos, e seu principal objetivo era acabar com a tirania do sobrenatural sobre o homem comum. Os principais alvos da inquisição foram vampiros e Magos tradicionais (que diferentemente da Ordem da Razão, não formavam uma unidade, sendo apenas grupos separados que frequentemente entravam em conflito entre si). Em uma vasta região gelada ao leste da Europa (a atual Rússia), se instala uma poderosa Matusalém (Baba Yaga), que tece a Cortina das Sombras, bloqueando a Umbra do Leste Europeu, impedindo formas arcanas de comunicação, espionagem, e evitando que criaturas sobrenaturais fugissem do local, permitindo que baba Yaga dominasse a população local, entrando em conflito com seus antigos líderes (A tribo Garou dos Presas de Prata).
        Muitos vampiros antigos sacrificaram suas crias para serem salvos das fogueiras. Os excessos da Inquisição tornam-se maiores e alguns magos cristãos abandonam a Ordem da Razão, juntando-se aos ofícios tradicionais, que viam-se cada vez mais acuados. Os Terrestres percebem que não poderiam vencer esta batalha, ao menos não naquela época e decidem entrar em um sono letárgico que duraria eras.
        Muitos vampiros jovens se rebelam contra seus senhores no que mais tarde seria conhecida como a primeira Revolta Anarquista. Em resposta, um grupo de vampiros se junta no que mais tarde se tornaria a seita da Camarilla, e subjulgaria a revolução em 1493, durante a Convenção Dos Espinhos. Muitos anarquistas não se conformam com a derrota, rebelando-se e formando um culto que seria mais tarde conhecido como o Sabá. Os magos mais poderosos refugiam-se além do horizonte, enquanto os ofícios entram em uma trégua para suportar os avanços da Ordem da Razão, originando futuramente o Conselho das Nove Tradições. Durante esta era, os adventos da queda de Roma e da peste negra geraram poderosos turbilhões no submundo, castigando os mortos inquietos como nunca antes.
       Seres sobrenaturais continuam sendo caçados, então as maiores facções das trevas decidem uma nova forma de lutar contra a implacável caçada contra eles: fingir que não existiam. Muito provavelmente pegando carona no novo paradigma imposto pela Ordem da Razão, a Camarilla cria a Máscara (que também seria seguida, mesmo que em menor grau por cainitas fora da seita), a Nação Garou instaurou o Véu, e as fadas decidem abandonar nosso plano, as poucas restantes acabam lentamente sucumbindo á crescente banalidade humana.
        Em 1517 tem início a Reforma Protestante (possivelmente encabeçada pelos magos cristãos que abandonaram a Ordem da Razão) que tinha o objetivo de restaurar a igreja, embora aqueles que os guiassem também desejassem acabar com a Igreja Católica, que atualmente era dominada pela Ordem da Razão. Apesar de todas as resistências, a Ordem da Razão permanecia inabalável e disposta a eliminarem todo o resquício de seres sobrenaturais, e para isso eles percebem que deveriam moldar a realidade de acordo com seu paradigma. Um dos primeiros passos era a delimitação do espaço conhecido da terra, e assim teve origem a Era dos descobrimentos.


Última edição por Zeta em Qua Abr 05, 2017 12:58 pm, editado 3 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: A Origem (Metafísica do Classico Mundo das Trevas)   A Origem (Metafísica do Classico Mundo das Trevas) EmptyDom Abr 02, 2017 11:28 pm

PARTE 9: O NOVO MUNDO








        As grandes navegações trouxeram oportunidades para todas as facções do Mundo das Trevas, sejam vampiros do Sabá e magos tradicionais se refugiando da Camarilla e da Ordem da Razão, ou os próprios membros da Camarilla procurando expandir território, mas os mais beneficiados foram os membros da Ordem da Razão, que cada vez mais passava a utilizar a filosofia de que os fins justificam os meios. Enquanto o homem branco era surpreendido por outros humanos habitarem as Américas, os seres sobrenaturais também eram surpreendidos por tribos de lobisomem que os viam como ameaças da Wyrm e da Weaver, além de magos com paradigmas semelhantes aos já encontrados no continente Africano. É óbvio que muitos destes encontros acabaram em conflitos, mas tudo piorou quando alguns lobisomens (sobretudo tribos mais ligadas aos humanos e seus progressos) resolvem também se aventurar ao Novo Mundo. O embate entre as tribos estrangeiras e os metamorfos locais acabou gerando uma segunda Guerra da Fúria que culminou em um enorme derramamento de sangue.
        A Ordem da Razão por sua vez estava disposta a tudo para atingir seus objetivos e enfrentou toda a oposição local com força máxima. Por fim, os estrangeiros se saíram vencedores e o Novo Mundo se tornou colonia para o Velho. No mundo espiritual (cada vez mais distante do mundo material), estranhas criaturas malignas surgiram nas Américas, sendo necessário o sacrifício de toda uma tribo local para conte-los. Os eventos catastróficos desta era acabaram por gerar um terceiro turbilhão no Submundo.
        Cidades aos moldes Europeus são construídas nas Américas, o continente é totalmente mapeado pela Ordem da Razão, seus mitos e folclore desacreditados, os recursos minerais das terras são explorados e o Novo Mundo é dividido entre facções estrangeiras. Anciões da Camarilla, bem como os cabeças da Ordem da Razão acumulam quantidades enormes de riquezas provindas dos recursos retirados destas novas terras. A Ordem da Razão se torna cada vez mais corrupta e se distancia de seus objetivos originais, focando-se cada vez mais nas renovações tecnológicas per se, e infiltrando-se nas recentes universidades e instituições de ensino na esperança de moldar a mente das massas. O golpe final seria dado quando a Ordem decidisse se desvincilhar totalmente do cristianismo, pregando o secularismo, o iluminismo e o fim de qualquer resquício do sobrenatural, incluindo a religião cristã. Sob as ordens da Raínha Vitória, a ordem seria rebatizada como a União Tecnocrata.





Última edição por Zeta em Sáb Abr 08, 2017 1:50 pm, editado 3 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: A Origem (Metafísica do Classico Mundo das Trevas)   A Origem (Metafísica do Classico Mundo das Trevas) EmptySeg Abr 03, 2017 5:52 pm

PARTE 10: SANGUE E REVOLUÇÃO








        A Ordem da Razão (Tecnocracia) não mais precisava ser financiada pela igreja e suas visões tornaram-se cada vez mais antagônicas, resultando em um conflito. Mesmo sem a ajuda da Tecnocracia, a Igreja ainda continuava sua caçada contra as criaturas das trevas através de ordens como a Sociedade de Leopoldo, mas devido ao paradigma instaurado pelos Tecnocratas tornar-se cada vez mais dominante (ou seja, as massas cada vez mais acreditavam que criaturas sobrenaturais não passavam de mitos e superstições) eles precisavam serem mais discretos em suas caçadas, nunca mais organizando Inquisições.
        O mundo conhecido havia sido totalmente mapeado, qualquer crença que pudesse atrapalhar o progresso tecnológico deveria ser esmagada. Este paradigma tornou o plano material cada vez mais distante do mundo espiritual, e muitas criaturas míticas do passado foram obrigadas a abandonarem a realidade mundana.
        Os avanços tecnológicos e a ascensão da burguesia deram origem á Era Industrial. Máquinas faziam o trabalho de homens, navios á vapor substituíam o barco á vela, e mesmo projetos de máquinas aéreas surgiam. Tudo isso parecia facilitar a vida do homem, mas a maior parte das massas ainda possuía poucos direitos, e mesmo com a abolição da escravatura, o tratamento oferecido aos trabalhadores braçais (sobretudo em fábricas) beirava ao desumano. Na América do Norte, lutas por recursos mortais aplacavam os vampiros, na medida que mais cainitas migravam do Velho Mundo e mais crias surgiam no Novo, aliados com o fato dos membros do Sabá terem pouca conexão (e supervisão) dos Anciões da Europa levou ás duas primeiras Guerras Civis do Sabá, fazendo com que a seita perdesse boa parte de seu território no Leste para a Camarilla. O primeiro conflito termina com a assinatura do Pacto de Compra, e o segundo com a revisão do Código de Milão. Na Austrália, ocorre a Guerra das Lágrimas, onde Garous Europeus, enganados por Dançarinos da Espiral Negra exterminam a tribo dos Bunyip.
        Com o recente conflito entre a igreja e a tecnocracia, são abertos espaços para filósofos e poetas compartilhares suas ideias, e estas foram as sementes que desencadeariam a Revolução Americana e muitas outras que se seguiriam. Os Brujah geralmente são creditados como os principais agitadores das massas, embora Roedores de Ossos também afirmem ter sua parcela de crédito. Na Europa, um verdadeiro mar de sangue era derramado enquanto reis eram decapitados e loucos desejavam ocupar o lugar de Deus.
        Os homens lutavam em tais conflitos alheios ao fato de que na maioria dos casos apenas eram manipulados por forças obscuras, que lhes ofereciam igualdade, mas que no fundo apenas desejavam os utilizar como massa de manobra para ocupar o trono dos antigos ditadores. Por outro lado, houveram mudanças benéficas, as Américas não mais eram colônias de outros países, além de diversos direitos trabalhistas terem surgido nesta época.
        Inspirados pelas revoluções, um grupo de vampiros Norte Americanos deram origem á Segunda Revolta Anarquista na Costa Oeste dos EUA. Esta segunda revolta não teve tanto apelo quanto a primeira e seus objetivos eram ligeiramente diferentes, sendo o principal deles a criação de um Estado Anarquista Livre. Também nos EUA, Jeremiah Lassater, dono de uma empresa petrolífera, decide inspecionar pessoalmente uma operação onde diversos acidentes haviam ocorrido e acaba ficando preso  em um túnel escavado. Tempos atrás, os Garou locais haviam prendido na região um espirito maligno extremamente poderoso, e as recentes escavações haviam libertado-o. Ele possui Jeremiah, que sai do túnel mudado. Sua empresa futuramente daria origem ao grande conglomerado da Pentex.
        A monarquia dava lugar ao capitalismo, o poder da igreja católica era enfraquecido, e o holocausto revolucionário inspirava novos escritores mortais a desenvolverem suas próprias ideologias, que mais tarde serviriam de base para futuros governos autoritários na Europa. Esta era apenas a calmaria precedendo a tempestade, pois os avanços tecnológicos também proporcionaram ao homem armamentos e equipamentos bélicos nunca antes imaginados, e diversas facções (tanto sobrenaturais quanto mortais) se preparavam para um conflito que abalaria o planeta.


Última edição por Zeta em Sáb Abr 08, 2017 1:49 pm, editado 7 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: A Origem (Metafísica do Classico Mundo das Trevas)   A Origem (Metafísica do Classico Mundo das Trevas) EmptyTer Abr 04, 2017 12:14 pm

PARTE 11: AS GRANDES GUERRAS







        O Mundo vivia uma euforia conhecida como a Belle Epóque (bela época), um período onde se experimentavam progressos financeiros e tecnológicos nunca imaginados, porém, quanto mais os países de tornavam industrializados, maior se tornava a disputa entre eles, provocando fortes tensões, pois os países industrializados disputavam os mercados consumidores mundiais. Os países Europeus passam a investir em tecnologia de guerra e engrossarem seus exércitos, e uma política de alianças foi instaurada. A divisão colocava de um lado a Alemanha, Itália e Império Austro-Húngaro, que formavam a Tríplice Aliança, e do outro a Rússia, França e Inglaterra, compondo a Tríplice Entente.
        Com o assassinato do príncipe Austro-Húngaro, a guerra finalmente se inicia. O poder bélico demonstrado por ambos os lados chocou o mundo, e mesmo no Submundo sua presença era sentida, gerando o quarto turbilhão no Mundo dos Mortos. Até mesmo facções dentro da Tecnocracia divergiam em opiniões (O Sindicato via seu sonho de unir a humanidade sob um governo e uma moeda ser destruído, enquanto que outras facções viam a guerra como um campo de testes para seus novos desenvolvimentos na mecânica e química de guerra). Czar Vago (um mago etéreo) que já havia alertado o Mundo em 1900 sobre os perigos da guerra, agora lançava simultaneamente uma frota de aeronaves sobre todas as grandes envolvidas na guerra, exigindo que todas as forças cedessem. A União Tecnocrática, ao qual Vago já fizera parte, lançou um assalto contra ele, providos de um exército de robôs e mutantes, forçando-o a fugir para a Umbra. O Paradoxo gerado neste episódio fez com que a maior parte dos adormecidos da terra simplesmente se esquecessem do ocorrido.
        Com o tempo, mais países se juntam ao conflito, e em 1917, os EUA entram na guerra, posicionando-se ao lado da Tríplice Entente, esta união foi crucial para a vitória da Entente, o que acabou forçando os países derrotados a assinarem a rendição, e o Tratado de Versalhes, que impôs aos derrotados fortes restrições, além de arcarem com os prejuízos da guerra aos países vencedores, o que gerou um profundo sentimento revanchista nos derrotados, sobretudo a Alemanha. Na Rússia, Brujah incitavam uma revolução sangrenta que destronaria os Czares Presas de Prata (talvez sob influência de Baba Yaga?) dando origem á União Soviética. Nos EUA, Lúcifer em pessoa (que silenciosamente permaneceu vivendo entre os seres humanos) se assenta em Loa Angeles, onde trabalharia com o desenvolvimento da industria do cinema e entretenimento em Hollywood.
        Com a destruição de monarquias e o crescente enfraquecimento da igreja, o mundo sentia a ascensão do estado, e novos ditadores subiam ao trono, seja eles eleitos democraticamente ou através de revoluções. Este era o prelúdio de um conflito de proporções ainda maiores que o anterior, e possivelmente a maior batalha já ocorrida na terra desde o conflito celestial.









        Facções sobrenaturais tomam partido em ambos os lados (A Tecnocracia, alguns membros dos ofícios das tradições e um grupo de Crias de Fenris lutam pelo Eixo, enquanto a maior parte das 9 tradições e das tribos Garou auxiliam a Aliança). Quando ambos os lados colidem, o poder de fogo trocado era tamanho que despertou Zmei (dragões) há muito tempo adormecidos, além de gerar o quinto turbilhão no Reino dos Mortos (e um novo reino, repleto de vítimas dos Gulags e campos de concentração). Também no Submundo, do fundo do turbilhão emerge Gorool (uma monstruosidade gigantesca vinda direto do labirinto, que ameaça a cidade de Stygia), Charon se sacrifica enfrentando-a e ambos são arrastados para o fundo da Tempestade. Após a perda de seu maior líder, o reino dos mortos sucumbe ao caos.
        Duas convenções da tecnocracia abandonam a União e decidem se juntar aos Ofícios, e o mundo presencia a criação de uma nova arma, cujo poder de destruição era capaz de arrasar cidades.







        Mais tarde descobre-se que magos infernalistas estavam utilizando a guerra a seu favor, infiltrados no Eixo e manipulando os acontecimentos para prosperarem e trazerem seus líderes malignos para nosso mundo. A tecnocracia decide abandonar o Eixo, juntando forças com o Conselho e combater este terrível mal, dando um fim á guerra.
        A tecnocracia percebia o quão perigoso seria um novo conflito bélico (pois agora mesmo os adormecidos, utilizados como peões por eles, possuíam armas capazes de destruir toda a vida na terra) e criam a ONU (Organização das Nações Unidas) para prevenir que uma terceira guerra ocorresse. Isso não significa que eles abandonariam a Guerra da Ascensão, muito pelo contrário, agora ela seria travada no meio cultural, onde a Nova Ordem Mundial possuía larga vantagem.


Última edição por Zeta em Qua Abr 05, 2017 10:07 pm, editado 2 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: A Origem (Metafísica do Classico Mundo das Trevas)   A Origem (Metafísica do Classico Mundo das Trevas) EmptyQua Abr 05, 2017 3:10 pm

PARTE 12: A ÁGUIA, O URSO E AS NOITES MODERNAS









        Com o fim da segunda guerra, duas grandes potências se erguem das cinzas, os EUA e a URSS, representando o conflito silencioso do Capitalismo X Socialismo e do Ocidente X Oriente. O que se seguiu nos primeiros anos foi uma grande corrida armamentista e de propagandas.
        Assim como as facções mortais, as sobrenaturais também travam guerras silenciosas entre si, seja a Guerra da Ascensão dos Magos, a Jihad vampírica ou mesmo a luta eterna dos Garou contra a Wyrm (que agora também era lutada no meio cultural e empresarial), mas no Horizonte o assunto era diferente, com guerra e invasões ocorrendo diversas vezes entre reinos e capelas pertencentes a magos de diferentes facções. Ao deixarem a Tecnocracia, os Adeptos da Virtualidade revelam aos dormentes diversas tecnologias que a União escondia, além de muitas informações sobre seus antigos aliados para o Conselho das Nove Tradições, fazendo com que as cabeças dos desertores fossem postas á premio. Em alguns locais, a Pentex entra em conflito com os Tecnocratas e forja alianças com membros do Sabá (em adição aos Dançarinos da Espiral Negra). Uma terceira Guerra Civil do Sabá explode em Nova York, terminando com a aceitação dos Caitiff pela seita, e na absolvição de seu líder, Joseph Pander (cujo nome foi passado para o novo "clã").
        A chegada do homem á Lua foi um dos maiores marcos do século, um feito impressionante da Tecnocracia que acabou saindo pela culatra, pois o ocorrido gerou um efeito inesperado nas massas, que foi capaz de abrir novamente os portões da Arcádia por breves momentos, possibilitando a entrada de diversas fadas para nosso mundo. Estas fadas porém foram rapidamente reprimidas pela imensa banalidade á sua volta e foram obrigadas a esconderem suas essências em humanos recém nascido, dando origem a Changelings. No mesmo ano ocorria o Festival de Woodstock, que segundo muitos Cultistas do Êxtase seria uma peça fundamental para a ascensão global... porém o plano parece ter falhado, exceto se seu objetivo fosse um grande número de overdoses e DSTs propagadas entre Hippies no local.
        Após a queda do Muro de Berlim, Baba Yaga acorda na Rússia e destrói o conselho Brujah, o que acabaria sendo o fim da URSS e da Guerra Fria. Cientistas Garou estudam o genoma da espécie em busca de ressuscitar antigas tribos extintas e contribuir com seus numeros cada vez mais escassos. O crescente numero de Caitiffs assombra muitos Cainitas, somado ao fato de diversos profetas e cultos da Gehenna surgindo, e do livro de NOD traduzido por Beckett e DeLaurent, auxiliava na tensão de que os membros estavam vivendo as últimas noites. Tudo isso se provaria verdade quando um dos Antediluvianos acorda, trazendo morte e destruição em seu rastro, até ser destruído pela Tecnocracia. A explosão causada pelas armas nucleares dos Tecnocratas causaria um desastre sem precedentes no Mundo Espiritual. O Sexto Turbilhão (maior e mais poderoso que todos os outros) deixa o Submundo em pedaços. No Horizonte, ele destrói inúmeras fortalezas e Reinos, dando origem á Tempestade de Avatares, que despedaçava os avatares de qualquer Mago que ousasse se aventurar no Horizonte, matando a muitos deles, e isolando os Mestres da Arte de seus discípulos na terra. De volta á Umbra Negra, logo abaixo do Submundo, o Turbilhão criou rachaduras no Abismo, libertando muitos Caídos, que voltaram para a terra, assim como muitos dos antigos Terrestres foram acordados de seu longo sono. Porém, o maior mal a ser desperto residia ainda mais profundamente.
       Algo... alguns acreditam que a escuridão personificada, o próprio Oblivion, a ausência de tudo, talvez a própria gêmea maligna Do Uno, ou a remanescente de um antigo universo morto? Pouco importa, apenas sabe-se que essa entidade deseja consumir toda a existência. Alguns chamam-na de "Grand Mouth" aquela que tudo devora, ou seu abreviado "Grandma" (A Avó). Ela é a personificação do vazio,a mãe de todos os Malfeanos, seres do caos e escuridão venerados por Nephandi, Dançarinos da Espiral Negra e outros cultistas do fim do universo.
        Juntamente com todas estas catástrofes, uma estrela rubra surge nos céus, como que um sinal de que o fim dos tempos se aproximava. Inicialmente visível apenas para seres sobrenaturais, humanos extremamente sensitivos, ou na umbra, com o tempo ela se torna visível também para mortais comuns, cada dia mais visível, como um relógio mostrando que o Apocalipse está cada dia mais próximo.





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